quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Biografia de Cândido Portinari


Cândido Portinari foi um grande pintor brasileiro, onde teve quase cinco mil obras, que ia de pequenos esboços, até a gigantescos murais, na qual alcançou a maior projeção internacional.

Nasceu em uma fazenda de café que ficava no interior de São Paulo. Seus pais eram imigrantes italianos, Giovan Battista Portinari e Domenica Torquato. De família humilde, cursou apenas o primário, porém desde criança manifestou sua vocação artística. Aos seis anos de idade, Portinari começa a desenhar e aos nove participou durante vários meses dos trabalhos de restauração da igreja de Brodowski, ajudando os pintores italianos e, ainda com nove anos, desenhou o retrato de Carlos Gomes, como via numa caixa de cigarros.Em 1918, viajou a São Paulo, para ingressar no Liceu de Artes e Oficios de São Paulo. Matricula-se na Escola Nacional de Belas Artes, na qual estudou desenho e pintura, tendo como professores Rodolfo Amoedo, Batista da Costa, Lucílio de Albuquerque e Carlos Chambelland. Logo apos 4 anos, Portinari executou um retrato para o Salão de Belas Artes, e ganhou medalha de bronze pelo seu trabalho.


Em sua trajetória conquistou o "Prêmio de Viagem ao Estrangeiro", da Exposição Geral de Belas-Artes. Em 1929, Portinari partiu para a Europa, viajou pela Itália, Inglaterra, Espanha e se fixou em Paris, onde conhece Maria Martinelli, com quem mais tarde se casou. Na volta ao Rio de Janeiro, passou a trabalhar num ritmo intenso, além de participar da comissão destinada a promover a reforma do Salão Nacional de Belas-Artes.Em 1935 seu quadro Café recebeu a segunda menção honrosa da Exposição Internacional do Instituto Carnegie, nos EUA. Em 1936 pintou o seu primeiro mural, para o Monumento Rodoviário na Estrada Rio-São Paulo. Nessa época, foi nomeado professor de pintura do Instituto de Artes da Universidade do Distrito Federal. Algum tempo depois expôs 269 trabalhos no Museu nacional de Belas-Artes. Antes havia executado três grandes painéis para o pavilhão brasileiro na Feira Mundial de Nova Iorque.


Em 1954, sofre uma intoxicação por chumbo, onde anos depois (em 1962), tem uma nova intoxicação pelas suas tintas que utilizava, na qual não mais se recupera. Portinari morre em 6 de fevereiro, e antes disso ele preparava uma grande exposição, com aproximadamente duzentas obras, a convite da prefeitura de Milão que mesmo adoecido cumpre com sua promessa de homenagear a sua terra e o seu povo, através da sua arte.

"Daqui fiquei vendo melhor a minha terra. Fiquei vendo Brodowski como ela é".

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